Na sequência do meu escrito de Novembro, ocorre-me partilhar esta entrevista de Pierre Rabhi em declarações recolhidas por Caroline Bongiraud. in, Biocontact Julho-Agosto 2008
Perante a degradação da condição humana e os consideráveis prejuízos infligidos à Natureza, Pierre Rabhi convida-nos a sair do mito do crescimento indefinido e a inaugurar uma nova ética de vida rumo a uma “sobriedade ditosa”.
(...)
Quais são, para si, as verdadeiras riquezas ?
Quando falamos de capital, vem-nos à ideia a questão do dinheiro, da moeda. Ora é evidente que a moeda, actualmente, não é verdadeiramente representativa de riqueza real. Com efeito, como se deram ao dinheiro plenos poderes sobre o destino e a vida, considera-se que ele é o único a poder fazer aparecer riqueza. Ele é o seu « representante ». Mas, na realidade, a partir do momento em que introduzimos o dinheiro, falseámos completamente os dados económicos.
Hoje, quando se fala de economia, não se trata de economia real. A economia real é um sistema que tem por objectivo repartir os recursos tão equitativamente quanto possível para responder às necessidades do maior número de pessoas. Infelizmente, o que se chama “economia” é, sobretudo, a monetarização que faz com que o dinheiro represente não apenas riquezas reais mas também riquezas não-reais, virtuais, especulativas, e que ele funcione sobre si próprio : dinheiro produz dinheiro. Logo, não estamos numa economia real.
Se estivéssemos numa economia real, nenhum ser humano deste planeta teria falta do essencial : de alimentação, vestuário, abrigo e dos cuidados necessários. Trata-se de um bem legítimo ao qual cada um de nós deveria poder aceder como ser humano legitimado pela própria vida.
Ora acontece que estamos longe do objectivo: fazemos muitas proezas técnicas mas nos nossos dias estamos longe de dar resposta às necessidades do conjunto da Humanidade.
Hoje, quando se fala de economia, não se trata de economia real. A economia real é um sistema que tem por objectivo repartir os recursos tão equitativamente quanto possível para responder às necessidades do maior número de pessoas. Infelizmente, o que se chama “economia” é, sobretudo, a monetarização que faz com que o dinheiro represente não apenas riquezas reais mas também riquezas não-reais, virtuais, especulativas, e que ele funcione sobre si próprio : dinheiro produz dinheiro. Logo, não estamos numa economia real.
Se estivéssemos numa economia real, nenhum ser humano deste planeta teria falta do essencial : de alimentação, vestuário, abrigo e dos cuidados necessários. Trata-se de um bem legítimo ao qual cada um de nós deveria poder aceder como ser humano legitimado pela própria vida.
Ora acontece que estamos longe do objectivo: fazemos muitas proezas técnicas mas nos nossos dias estamos longe de dar resposta às necessidades do conjunto da Humanidade.
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