(...) Nas últimas duas décadas, tem crescido, entre os europeus, a consciência de que a pobreza não desapareceu dos seus territórios – antes se generalizou – apesar do crescimento económico e da prosperidade material entretanto alcançada. (...)
Importa sublinhar que a situação de pobreza é, hoje, considerada uma violação de direitos humanos fundamentais e, por isso, os estados têm a missão de a prevenir e combater com medidas apropriadas, como já acontece no mundo civilizado em relação a outras violações de direitos humanos: a falta de liberdade ou a tortura, por exemplo.
Não obstante este progresso jurídico e sociopolítico, ainda prevalecem, em muitos cidadãos, múltiplos preconceitos que alimentam a convicção de que a pobreza é, tão só, uma fatalidade e fruto da má sorte ou até mera culpa dos próprios pobres. Este tipo de raciocínios preconceituosos emperra a concretização deste desígnio civilizacional de erradicar a pobreza.
Esperemos, pois, que o ano que agora começa nos leve a olhar para a pobreza, com outros olhos, numa perspectiva de verdade, lucidez, justiça e solidariedade de que resultem maior criatividade e empenhamento pessoal e colectivo dirigidos no sentido da sua erradicação. (...)
É de facto arrepiante pensar que nos tempos de hoje haja tanta gente a morrer de fome e que a pobreza está a crescer!
ResponderEliminarAs intervenções podem ser muito diferentes e realizadas a diferentes níveis. Cabe a cada um ver qual a sua quota parte para além de questionarmos o nosso estilo de vida...
Pela minha profissão estou particularmente envolvida em aproveitar esta oportunidade do Ano Europeu para alertar comunidades para esta questão.
Luisa
Obrigada Luisa pelo teu comentário.
ResponderEliminarÉ com exemplos destes de pessoas que sabem comprometer-se com atitudes e acções de mudança nos seus quotidianos profissionais e sociais que se irá construindo uma consciência colectiva aberta à construção de uma sociedade inclusiva em que todos tenham lugar na casa comum.
Manuela
Deixo 4 provocações:
ResponderEliminarHoje, cuidar das Pessoas é mais do que cuidar do seu bem estar. Supõe cuidar da qualidade das suas relações em todos os domínios, (especialmente dos laços de maior proximidade afectiva), mas é também cuidar do Ambiente.
Como vamos percebendo, até em função da crise, é já impossível manter expectativas de crescimento e progresso crescentes sob pena de fazer aumentar o número de excluídos e de generalizar a pobreza.
Penso que há uma relação estreita entre o presente texto e o anterior:
"Cuidar é uma atitude de vida, uma cultura, uma espiritualidade".
A actualidade da mensagem de Jesus vai sendo tecida, no nosso tempo, com os Fios do Cuidado que são os gestos do nosso quotidiano feito testemunho vivo e actuante.
Poderemos algum dia comover pessoas, como este cidadão para esta causa?
ResponderEliminarCT