O ouvido do vento não está de férias. No espaço de Betânia tem sido tempo de aprofundamento das convicções, dos temores e das esperanças que nos habitam e da sua partilha com quem nos visita e vem aproveitar deste espaço para fortalecer o encontro consigo próprio, com os outros, com a natureza, com o mundo em que vive - encontro com Deus que, através destas múltiplas mediações, como também através da Sua Palavra e do silêncio orante, se vai revelando e dando sentido ao existente.
Hoje falamos de novos paradigmas emergentes na nossa sociedade, com suas ambiguidades de luzes e trevas, e procuramos ver como potenciar as luzes e travar o caminho às sombras. Desenvolvemos também alguma reflexão sobre o alcance de uma postura de "cuidado" face a nós próprios e à realidade circundante.
Aqui lhes deixo um pequeno excerto de um texto que fala do cuidado como uma atitude básica a cultivar face ao presente e face ao futuro.
A relação com a realidade concreta, com os seus cheiros, cores, frios, calores, pesos, resistências e contradições, é mediada pela imagem virtual, que é somente imagem. O pé já não sente o macio da relva verde. A mão já não pega num punhado de terra escura. O mundo virtual criou um novo habitat para o ser humano, caracterizado pelo encapsulamento sobre si mesmo e pela falta do toque, do tacto e do contacto humano.
Essa anti-realidade afecta a vida humana naquilo que ela possui de mais fundamental: o cuidado e a compaixão. Mitos antigos e pensadores contemporâneos dos mais profundos ensinam-nos que a essência humana não se encontra tanto na inteligência, na liberdade ou na criatividade, mas basicamente no cuidado. O cuidado é, na verdade, o suporte real da criatividade, da liberdade e da inteligência. No cuidado encontra-se o ethos fundamental do humano. Quer dizer, no cuidado identificamos os princípios, os valores e as atitudes que fazem da vida um bem-viver e das acções um recto agir. (Leonardo Boff. Saber cuidar. 1999)
Hoje falamos de novos paradigmas emergentes na nossa sociedade, com suas ambiguidades de luzes e trevas, e procuramos ver como potenciar as luzes e travar o caminho às sombras. Desenvolvemos também alguma reflexão sobre o alcance de uma postura de "cuidado" face a nós próprios e à realidade circundante.
Aqui lhes deixo um pequeno excerto de um texto que fala do cuidado como uma atitude básica a cultivar face ao presente e face ao futuro.
A relação com a realidade concreta, com os seus cheiros, cores, frios, calores, pesos, resistências e contradições, é mediada pela imagem virtual, que é somente imagem. O pé já não sente o macio da relva verde. A mão já não pega num punhado de terra escura. O mundo virtual criou um novo habitat para o ser humano, caracterizado pelo encapsulamento sobre si mesmo e pela falta do toque, do tacto e do contacto humano.
Essa anti-realidade afecta a vida humana naquilo que ela possui de mais fundamental: o cuidado e a compaixão. Mitos antigos e pensadores contemporâneos dos mais profundos ensinam-nos que a essência humana não se encontra tanto na inteligência, na liberdade ou na criatividade, mas basicamente no cuidado. O cuidado é, na verdade, o suporte real da criatividade, da liberdade e da inteligência. No cuidado encontra-se o ethos fundamental do humano. Quer dizer, no cuidado identificamos os princípios, os valores e as atitudes que fazem da vida um bem-viver e das acções um recto agir. (Leonardo Boff. Saber cuidar. 1999)
Sem comentários:
Enviar um comentário
A publicação de comentários está sujeita a moderação.
Administração do Ouvido do Vento