No site da Fundação Betânia foi publicado mais um estudo do Livro do Êxodo, no âmbito do Projecto Ler a Bíblia, coordenado por Nicoletta Crosti.
Estes estudos podem ser comentados no Ouvido do Vento.
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O código da Aliança ajuda a encarar, segundo a óptica da justiça, as várias formas de violência de uma sociedade agrícola muito pobre. É intenção do legislador mostrar o espírito da lei, que impele a ir além desta mesma lei, apresentando uma escala de valores específica.(...)
No mundo cristão, este mandamento foi infringido muitas vezes. Basta pensar no tráfico dos escravos, na utilização da classe operária no século XVIII, e agora em algumas regiões, na transformação da força de trabalho em trabalho forçado, por causa das leis económicas que colocam o deus mercado acima da pessoa humana. (...) A vida humana é o valor mais elevado; qualquer negligência a seu respeito é condenada. (...)
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Solidariedade é sentir-se responsável pelo outro Então, como agora, os indigentes encontravam-se na necessidade de pedir emprestado ou empenhar os próprios bens. Neemias 5, 1-13 mostra quais as consequências sociais que os empréstimos com juros tinham provocado na comunidade pós-exílica Em 2Rs 4,1-6 mostra-se como, para pagar a dívida, se tomavam até os filhos da viúva. No interior do povo de Israel, os empréstimos deviam ser concedidos sem juros (Dt 23,20; Lv 25, 35-38), para não provocarem a sujeição da pessoa (Pr 22, 7). Pelo contrário, era necessário estar atento a não humilhar e a não tomar como penhor os meios de subsistência (v.25). Paulo dirá “a caridade não busca o seu próprio interesse” (1Cor 13,5). Jesus reforça este conceito sublinhando o valor da gratuidade (Lc 14, 12-14).
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- Nicoletta Crosti, A vida humana não tem preço - Êxodo 21, 1637; 22, 1-26
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