"Paper airplane flying against sky“ © Vstock |
À medida que se adensam as dificuldades com que nos vamos confrontando na vida de todos os dias (no emprego ou na falta dele, na família e suas desestruturações, nas ineficientes relações com o Estado, nos cuidados de saúde, no funcionamento das nossas escolas e outros serviços públicos) e sobram os temores relativamente ao futuro e às incertezas que o rodeiam, damo-nos conta de que vai larvando no nosso tecido social um sentimento colectivo propício à anomia e à resignação, sabendo, contudo, que aquele, a todo o momento, se pode converter em revolta e implosão social.
(...)
Em muitos ambientes cristãos, e com pretexto na celebração do cinquentenário do início do Concílio Vaticano II, tem-se procurado revisitar a doutrina conciliar e fazer o balanço da respectiva assimilação e implementação por parte dos fiéis e das suas comunidades e movimentos. É, certamente, uma oportunidade a não desaproveitar, pois nem as fontes da doutrina conciliar já mereceram o aprofundamento teológico necessário, nem os seus ensinamentos foram suficientemente adquiridos e passados à prática dos comportamentos individuais dos cristãos e das suas organizações e estruturas de governo.
(...)
Ficaram célebres as palavras iniciais daquele documento conciliar, a Gaudium et Spes. Aí se declara: As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. (nº1)
(...)
[ texto integral ]
Adensa-se de facto a consciência de que vivemos uma situação “ labiríntica da realidade” nos dias de hoje, mas a Esperança Pascal que nos habita deveria levar-nos
ResponderEliminara procurar, com imaginação, as respostas necessárias em solidariedade com os que mais sofrem. Vivemos no Mundo e, como diz José Mattoso, “não estamos sozinhos…”
Luísa França