Este é o último capítulo que descreve Jacob como patriarca, pessoa escolhida por Deus e a quem Deus confia “as promessas”. Neste capítulo são recordadas, e colocadas como que ao acaso, sem qualquer relação entre elas, algumas tradições que dizem respeito ao patriarca.
Assim, a sua peregrinação a Betel, que de facto era a peregrinação que o antigo Israel cumpria no tempo dos Juízes (nos séculos XII -XI a.C. ), de Siquém a Betel, e que aqui se faz reportar ao tempo de Jacob como se ele fosse o seu iniciador. O Senhor volta-se para Jacob que se encontra em Siquém, onde tinha comprado um terreno, e diz-lhe:
v.1 Levanta-te e sobe a Betel… constrói nesse lugar um altar ao Deus que te apareceu... O verbo subir tinha aqui o significado de “ir em peregrinação”. No saltério encontram-se quinze salmos ditos “cantos das ascensões” (120/119-134/133), que os peregrinos cantavam subindo para Jerusalém. É o tema da santa viagem, que era sempre um ‘subir’ para o monte do Senhor. Fá-lo muitas vezes Moisés no Sinai (Ex 19,3 e 20; 24,1. 9. 12; 34,2; Dt 10,1. 3.) e também Elias sobe para o monte Horeb (1Re 19, 5-8). Quer Isaías (2, 2-5) quer Miqueias (4,1-4) viram na época messiânica a grande peregrinação de todos os povos para o monte do Senhor.
Afluirão aí os povos; chegará muita gente e dirão: venham, subamos para o monte do Senhor, para o templo do Deus de Jacob… (Mq 1,2)
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