01 abril 2011

Carta pela Compaixão

Compassion is the keen awareness of the interdependence of all things. - Thomas Merton
 
Recentemente, chegou ao meu conhecimento a Carta pela Compaixão, uma iniciativa de Karen Armstrong, que agora corre mundo, visando criar uma consciência colectiva alicerçada num forte sentido de pertença e de unidade, condição indispensável para o desenvolvimento de uma economia justa que viabilize e sustente a paz na comunidade mundial.

(...)
Subjaz a esta Carta a ideia de que, como diz Arthur Jersild (professor emérito de psicologia e educação em Columbia University, recentemente falecido), a compaixão é a expressão última e mais significativa da nossa maturidade emocional. É através da compaixão que a pessoa alcança a sua plena realização humana.

Para ser melhor entendida, a palavra compaixão merece esclarecimento: não se trata de um mero sentimento de pena perante o infortúnio, que nos apraz manifestar em momentos especiais da vida dos nossos próximos com quem temos maior empatia ou em situações de tragédia colectiva que apelam à nossa sensibilidade; é, sim, uma atitude, consistente e coerente, da pessoa face à vida, uma postura que se revela em todas as situações e que nasce de uma opção enraizada na convicção profunda de que somos parte indissociável de um todo.

(...)
A compaixão exige atenção ao que está fora de nós, envolvimento e empenhamento no superar da situação de sofrimento, através de um agir consequente em nome de uma lúcida descoberta da interdependência de todas as coisas, de que nos fala Thomas Merton na citação escolhida para epígrafe deste texto.

Imagem recolhida no Site
Charter for Compassion [Site]
Consulte também:
- One Year Anniversary ft. Rainn Wilson [Vídeo]

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