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A Terra vista do espaço.
Fotografia tirada da Apollo 17.
Dezembro - 1972A realidade em que hoje nos inserimos mudou de escala: já não é a pequena aldeia, a vila ou a cidade em que moramos e trabalhamos; nem sequer o país da nossa nacionalidade. Somos todos cidadãos do mundo, habitantes de um mesmo Planeta, vizinhos de outras galáxias. Por isso, o nosso olhar tem também de mudar de escala. Mas não apenas em direcção ao macro; também em direcção ao micro, a começar com o melhor e mais profundo conhecimento de nós próprias/os, das pessoas que estão ao nosso lado na nossa família e ambiente de trabalho, dos nossos amigos e vizinhos.
Já aprendemos que as nossas vidas estão interligadas e todos somos solidários na construção do nosso presente e do nosso futuro, seus actores e não meros espectadores.
Contudo, em tempos de crise, há quem prefira meter a cabeça debaixo da areia, confortando-se com a ideia de que “isso é com os outros” ou, então, conformar-se com uma visão míope e egoísta do tipo “salve-se quem puder”, aproveitando ao máximo das disfunções do sistema em seu próprio proveito.
Num e noutro caso, estamos perante o risco de uma humanização regressiva: o ser humano torna-se menos humano, alienando a sua condição de ser espiritual e livre, construtor de civilização e cultura.
A alternativa desejável passa por um reforço da autonomia, de cada pessoa e de cada grupo social, que assuma as suas múltiplas pertenças; e pelas opções de vida pessoal e colectiva que tenham em maior atenção o bem comum e que não olhem apenas ao horizonte do imediato mas integrem o futuro. (...)
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