Quando conseguimos parar e deixar que ganhe espessura o fundo que nos habita, damo-nos conta que, em cada um e cada uma de nós, duas realidades coexistem: uma pessoal, individual, que percepcionamos facilmente através dos nossos sentidos; e uma outra, mais subtil, que é a nossa participação numa realidade mais vasta, num todo, que nos precede e está para além da nossa individualidade. A importância relativa que conferimos a uma e a outra destas duas dimensões do ser humano marca, significativamente, o nosso sentido de vida. Se nos encapsulamos no nosso ser individual e nada mais nos comove e move, facilmente cairemos na teia dos interesses egoísticos, na violência, na ambição desmesurada, na competição agressiva e, por arrastamento, entraremos num caminho de morte e “vil tristeza”.
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