15 junho 2010

Não há Aliança de Paz sem Justiça
- Génesis, capítulo 21, 22-34

No site da Fundação Betânia foi publicado mais um estudo da série sobre o Génesis, no âmbito do Projecto Ler a Bíblia, coordenado por Nicoletta Crosti.

Estes estudos podem ser comentados aqui no Ouvido do Vento.

(...)

Os autores do Génesis apresentam Abraão como o estrangeiro por excelência (Gn 20,1; 21,34; 23,4). O mesmo Deus que lhe recordará que ele é estrangeiro sobre a terra da Palestina (Gn 17,8). Veja-se o comentário em Gn 12, 10-20. Em Abraão aparece projectado o caminho de fé de Israel, que viveu em situações de diáspora, e sentiu o seu chamamento, a sua pertença só a Deus, como qualquer coisa que o separava do mundo pagão circundante. É a mesma estranheza que experimenta, até certo ponto, todo o cristão, como recorda Jesus na prece pelos seus discípulos (Jo 17,11-16).

Será a mesma experiência de fé que está expressa no documento antigo “A carta a Diogneto” (II-III século e.v.):

Os cristão habitam a sua terra natal, mas como estrangeiros, participam em tudo como cidadãos, e tudo suportam como estrangeiros; toda a terra estrangeira é a sua pátria e toda a sua pátria terra estrangeira. (V,5)

Deus quer que Abraão permaneça estrangeiro, sem terra, para o deixar exercitar a sua fé na promessa da terra que só se verificará quando Deus quiser.

(...)

- Nicoletta Crosti,
NÃO HÁ ALIANÇA DE PAZ SEM JUSTIÇA
- Génesis, capítulo 21, 22-34

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