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Chegadas as férias, pode porém suceder, e muitas vezes assim é, que levemos para esses dias a mesma agitação, as mesmas dependências das convenções sociais, que enchamos esses dias com o fazer das mil e uma pequenas coisas que fomos adiando. Em suma, pode acontecer que, afinal, por hábito ou automatismo, por dependência do olhar e juízo dos outros ou das modas, acabemos por não sermos capazes de ser donos e donas deste tempo de férias.
Se assim for, regressaremos ao trabalho presos com as mesmas correntes e dependentes das mesmas alienações e continuaremos a alimentar a engrenagem de um uso do tempo que não deixa viver e por isso é gerador de mal-estar individual e de múltiplas disfuncionalidades sociais. Talvez com o olhar posto na expectativa de novas férias…
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