No site da Fundação Betânia foi publicada a nova série de estudos sobre o Génesis, no âmbito do Projecto Ler a Bíblia, coordenado por Nicoletta Crosti.
Estes estudos podem ser comentados no Ouvido do Vento.
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Adonai, o Deus de Israel, pediu a Abraão que saísse da sua terra e da casa de seu pai e agora dá a razão daquele pedido. v.2 Farei de ti um grande povo. O autor deste texto escreve durante o grande esplendor do império salomónico, e projecta esta situação de forma indirecta, colocando-a como promessa de Deus a Abraão. Para o autor, a figura de Abraão e o reino davídico fazem parte desse mesmo projecto de Deus. Isto legitimará também a dupla investidura do rei Salomão, filho de David. (...) Esta escolha, também chamada «eleição», não é um privilégio, nem uma honraria, mas antes uma missão a cumprir. (...) No plano salvífico do Senhor, Abraão tem o papel de mediador da bênção para todas as gerações e para todas as famílias da terra. A sua bênção também nos abrange (Actos 3, 25-26; Gal 3, 8-9 e 14; 1P 3,9; Heb 6,13-18). A bênção de Deus a Abraão está relacionada com a prece relatada em Num 6,22-27, bênção solene, que vinha sendo regularmente celebrada no culto de Israel. Esta prece não é um voto, nem uma acto mágico, mas uma palavra eficaz, que opera no espaço da obediência da fé. Foi assim para Abraão. (...) A frase dita a Abraão, proclamarei benditas todas as famílias da terra, abrange uma vastidão que o autor sagrado não poderia imaginar. Com efeito, Jesus, descendente de Abraão, preanunciado como profeta de Moisés (Dt. 18,18), é a bênção por excelência, é o Filho de Deus. Será ele a fazer chegar, através dos seus discípulos, a bênção da descendência de Deus a todos os povos que nele crêem.
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- Nicoletta Crosti, Israel nasce de uma promessa e de uma bênção - Génesis, capítulo 12, 2 - 3
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