Reconhece-se na sua dimensão corporal, sujeito às leis da matéria e às coordenadas do ambiente em que vive. Tem fome e tem sede, calor e frio. Conhece a saciedade e a carência, a saúde e a doença. Cresce e fenece.
Não obstante a importância desta sua condição existencial, o ser humano dá-se conta, porém, que não lhe está confinado. É mais do que o seu corpo. Atravessa-o e anima-o um feixe de aspirações e desejos, emoções e sentimentos, que lhe acrescentam identidade e singularidade próprias e dão cor e sabor à sua vida.
Matéria e espírito ou, melhor, matéria habitada pelo espírito, o ser humano aspira a ir além de si mesmo e, em condições normais, mostra-se incansável na busca de caminhos que, supostamente, lhe tragam felicidade, harmonia, paz interior, alegria de viver. (...)
Procurar a unidade do nosso ser pela abertura ao Espirito exige levar a cabo um grande combate porque o nosso quotidiano é hoje muito fracturante...
ResponderEliminarUm combate que consiste num estar sempre vigilante. É uma responsabilidade saber que Deus aguarda a nossa liberdade para fazer chegar parte da sua Missão por meio de nós ao mundo!
Luisa
Que relexão tão bonita! Um texto fluído, como deve ser a vida...
ResponderEliminarSusana Felizardo
Agradeço à Susana Felizardo as suas amáveis palavras e o ter sublinhado a fluidez da vida a correr como rio. E agora acrescento que fluidez só existe quando o leito está desobstruído e é claro o destino da corrente. Vai no mesmo sentido o que escreveu a Luísa França no seu comentário ao criticar a tendência para a fragmentação e a dispersão, por contraponto à aspiração da unificação a partir do eu profundo.
ResponderEliminarManuela