É próprio do começo de cada novo ano deixarmo-nos entusiasmar com projectos de futuro. Fazemo-los para nós próprios, para os outros que nos estão próximos ou para a Cidade no seu todo. E mal vai quando, por uma qualquer razão, assim já não sucede, pois tal significa que se deixou de viver e de acreditar na Vida.
No começo de cada novo ano, sentimo-nos mais despertos para reconhecer o ímpeto de transformação que a Vida comporta como sua componente intrínseca e tomamos consciência de que ela, queiramos ou não, flui ao ritmo do tempo, oferecendo sempre desafios novos que entusiasmam, mas também pondo em foco possíveis perplexidades, sempre surpreendentes, que nos podem desgostar e atemorizar.
No começo de cada novo ano, sentimo-nos mais despertos para reconhecer o ímpeto de transformação que a Vida comporta como sua componente intrínseca e tomamos consciência de que ela, queiramos ou não, flui ao ritmo do tempo, oferecendo sempre desafios novos que entusiasmam, mas também pondo em foco possíveis perplexidades, sempre surpreendentes, que nos podem desgostar e atemorizar.
O ano de 2009, que agora se inicia, é visto por muitos como um ano difícil, um ano de agudização de múltiplas crises, descontentamento e exclusão social crescentes e de mais violência…
No plano pessoal, avultam os correspondentes receios de mais frustração, de maior anomia social, perda de sentido de vida e propensão a défices de solidariedade entre pessoas, grupos sociais e povos inteiros.
Neste quadro, acho que é oportuno que todos nos interroguemos: Por onde vai caminhar a esperança de quantos estão apostados em viver profundamente a sua humanidade e, mais ainda, daqueles e daquelas que se reconhecem como cristãos, isto é, discípulos do Ressuscitado e protagonistas da construção de um reino de Verdade, de Amor e de Paz? (...)
[ Texto integral ]
Imagem: Dandelion Seeds Blowing in Wind - Daniel Sicolo
Comentário a Para uma “mudança fértil do real”
ResponderEliminar(de Manuela Silva, Janeiro 2009 Fundação Betânia)
O que mais quero salientar – num comentário breve - é que, ao ler agora este belo texto, a minha atenção destacou sobretudo o penúltimo parágrafo que fala do “caminho mais promissor…”.
Com efeito, em vez do discurso das boas intenções sobre o bem comum (que é tantas vezes tão abstracto que degrada – porque banaliza – o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”), encontramos o apelo a fazer “emergir novas estruturas e formas organizativas da vida colectiva”. A fertilidade da mudança resultará do esforço por concretizarmos de forma estruturante o que se diz no último parágrafo sobre “…inventar novas solidariedades e formas de viver onde o egoísmo ceda o passo à partilha de riqueza e do conhecimento (sublinhei, porque se esquece muito)…”. Lembro-me agora dos 3 esses “simplicidade, sobriedade, solidariedade” de que Manuela Silva fala em “Utopia Cristã”.
Cláudio Teixeira
Almada, 4/01/09
Creio que a "mudança fértil do real" começa com o nosso crescer em inteireza de ser, em reforço da nossa identidade. Quando assim é há comunicação do real entre as pessoas, o que favorece o surgir colectivo de iniciativas inovadoras nos diferentes locais da nossa vida.
ResponderEliminarLuísa França