A fraternidade é a nova fronteira do cristianismo (…) a Igreja é uma fraternidade em que se vive o amor fraterno. (Enzo Bianchi)
Se nos mantivermos minimamente atentos ao que se passa no mundo à nossa volta, damo-nos conta de que vem crescendo uma onda de violência nos países ditos modernos e civilizados.
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Existem, certamente, razões objectivas para a emergência destes fenómenos, mas entre eles há que ponderar a existência de uma crise de comprovada fraternidade. Com efeito, como escreve Enzo Bianchi, a fraternidade permanece a promessa falhada da modernidade. O alcance universal da fraternidade que cresce na confiança recíproca - no âmbito da cidadania moderna, assim como entre os povos e as nações — está muito debilitado.
Ao longo dos últimos 3 séculos, lutou-se pela liberdade e a igualdade, mas esqueceu-se – ou subestimou-se – o alcance da fraternidade como vínculo e meio de coesão social e assim se esbateu o alcance dos dois outros princípios, a igualdade e a liberdade.
A fraternidade exige e pressupõe o reconhecimento do outro, da sua dignidade e dos seus direitos como parte de um todo, a família Humana, na sua variedade. O que fizermos – ou não – ao nosso semelhante reflecte-se, assim, sobre nós próprios, de uma forma ou de outra.
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