01 junho 2019

Um gesto profético: Pacto mundial por uma economia que faz viver e não mata

"Nós tentámos dizer a nós próprios que progresso queria dizer crescimento e que crescimento significava bem-estar, mas o que a crise ambiental tem revelado é que o crescimento sem limites é a maior ameaça ao nosso bem- estar”. 
(George Monbiot)
Plástico no Mar - julia.pt

Não por acaso o Papa Francisco escolheu o dia 1 de Maio (dia mundial do trabalhador) para lançar ao mundo um desafio profético: a concretização de um pacto mundial por uma economia que faz viver e não mata; uma economia diferente, que humaniza e que cuida da criação; uma economia que não exclui nem descarta pessoas e povos.
O apelo de Francisco convoca ao empenhamento de crentes e não crentes a “dar uma alma à economia”. Dirige-se, não especialmente a políticos, governantes ou a grandes instituições internacionais, mas, sobretudo, aos jovens que estudam economia e aos empreendedores dispostos a enveredar por uma nova economia (Pensei em convidar especificamente vocês, jovens, porque, com o vosso desejo de um futuro bom e feliz, vocês já são uma profecia de uma economia atenta à pessoa e ao meio ambiente).
Também não por acaso, o Papa Francisco escolhe Assis para lugar desta assembleia mundial, lugar símbolo de humanismo e fraternidade, que suscita e pressupõe uma radical conversão do olhar que inspira a cultura contemporânea e constitui o alicerce do actual paradigma da economia globalizada e financeirizada com o seu cortejo de disfuncionalidades que, presentemente, a caracterizam.
(...)

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