01 fevereiro 2018

Os ídolos são como espantalhos num campo de pepinos

As nossas cidades capitalistas só de consumo são cada vez mais semelhantes a Babilónia a e Nínive e a transmutação idolátrica das antigas fés é cada dia mais evidente.- Luigino Bruni
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Totem - Woodcarvingstanleypark,
(...) Há cerca de 400 anos, Francisco de Sales confessava: O meu passado já não me preocupa: pertence à misericórdia divina. O meu futuro também não me preocupa: pertence à providência divina. O que me preocupa é o agora, aqui e hoje: ele pertence à graça divina e ao empenho da minha boa vontade.
Temos muitas e complexas razões para nos preocuparmos com o aqui e o agora. De entre elas, destaco o que vem sucedendo à nossa casa comum, para usar a designação do papa Francisco na encíclica Laudato Si’ acerca dos males que afligem o Planeta Terra e com a sã convivialidade da Humanidade consigo mesma e com os demais seres que nele habitam.
Na origem destes males estão os muitos ídolos erguidos pela cultura hodierna e sustentados por uma economia que se foi distanciando - ou mesmo divorciando - do seu fim de responder às necessidades da sustentação e do desenvolvimento da Vida e, em vez de prosseguir esse objectivo primordial, para todos, vem servindo - e até fabricando - os seus próprios ídolos: lucro máximo, crescimento ilimitado, produtividade crescente, competitividade sem regras…
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