09 outubro 2014

A Lealdade: um Valor a Preservar

Num artigo recente, Luigino Bruni afirmava que, pelas suas características intrínsecas, nomeadamente a sua invisibilidade imediata, há mais lealdade do que, à primeira vista, poderemos pensar. E ainda bem que assim é, pois estamos diante de uma virtude, ou de um valor, essencial para o bom funcionamento da sociedade e das múltiplas instituições que a integram, desde a família às empresas, às igrejas, às associações ou à organização política de uma nação.
 
Dito isto, não deixa de ser preocupante verificar que, no nosso tempo, a lealdade, tal como a honra da palavra dada ou do compromisso assumido, não parecem merecer o devido respeito e a correspondente concretização no tecido social e na apreciação do senso comum.
 
As consequências para a vida colectiva são conhecidas e os meios de comunicação enchem-nos, diariamente, de informação com exemplos eloquentes de faltas à lealdade e evidenciam, por contraste, como esta é pedra basilar do funcionamento da vida em comum.
 
Numa breve síntese, Luigino comenta: Ao longo de séculos empresas e instituições viveram de um património de lealdade que era produzido pelos valores, pelo esforço e pelo modo de fazer de famílias, igrejas e comunidades; e era alimentado pelas grandes narrativas, da arte e da literatura. Nas últimas décadas deixámos de produzir intencionalmente estes valores e modos de fazer; mas a necessidade de lealdade continua a existir e aumenta.
 
A lealdade é uma virtude difícil porque, não raro, comporta custos pessoais para quem a pratica e por isso não pode esquecer-se que vai a par com o reforço da espiritualidade.
 
O texto de Luigino Bruni que inspira esta reflexão pode ler-se na íntegra aqui.

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