15 dezembro 2012

JOSÉ SALVA O EGIPTO DA FOME
Génesis 41, 37-57

(...) 

Deus é sempre fiel às suas promessas.

O autor tornou José pai de dois filhos, porque historicamente a tribo de Efraim, depois de uma temporada no Egipto, se juntou à tribo de Manassés, e fez sua a figura epónima de José, que assim se tornou o ascendente das duas tribos. Os nomes dados aos dois filhos de José são a expressão de gratidão pela ajuda recebida de Adonai. Manassés significa "Deus me fez esquecer de toda a minha dor e da casa de meu pai,". Esquecer não significa  não recordar  mas sim não ter saudade. Efraim significa "Deus me fez crescer na terra da minha aflição", ou seja, a terra que parecia hostil e triste transformou-se numa terra que produz frutos, isto é, a descendência.

v. 54 Começaram a chegar os sete anos de fome… Entra em cena a fome, como previsto por José, será este o fio condutor da história dos irmãos. A ênfase que num primeiro momento é dada apenas à fome fora do Egipto, recorda o facto histórico de um Egipto, onde sempre havia trigo, mesmo quando faltava nos países limítrofes.

v. 55 Ide a José; fazei o que ele vos disser. O faraó é responsável pelo bem-estar de seus súbditos, especialmente no Egipto, onde os súbditos eram escravos do faraó. O faraó dá a sua plena confiança a José e diz uma frase que vai manter a tradição hebraica, ao ponto do evangelista  João a colocar nos lábios de Maria em Canaã, referindo-se a Jesus (Jo 2,5).

v. 56 A fome assolava toda a terra… então José vendeu o trigo.  José torna-se o doador de vida numa situação de morte.

v. 57 De todo o lado chegavam ao Egipto para comprar o trigo de José... Esta frase quer ligar este capitulo com o seguinte e com o desenvolvimento da história.

Nicoletta Crosti,
José Salva o Egipto da Fome
Génesis 41, 37-57
[Versão integral]

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