Antes de mais, a fé é um movimento humano, humaníssimo;
é um ato que tem a ver com a vida e que permite a vida.
Luciano Manicardi (2012) – Viver uma fé adulta
O Peixe - © Fundação Betânia. 2012 |
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Em sintonia com o espírito questionante, que caracterizou o Concílio Vaticano II, encontraremos razões para nos darmos conta de quão longe nos encontramos ainda das orientações do Concílio, nomeadamente: de uma liturgia viva e vivificadora; de uma fé robusta alimentada e sempre renovada pela Palavra de Deus; de uma Igreja que faz suas as angústias e as esperanças dos homens e mulheres do seu tempo; de uma Igreja evangelizadora e que, ao lado dos pobres, anuncia e constrói a justiça e a paz.
Nos próximos tempos, tem também toda a pertinência que nos interroguemos sobre o que queremos dizer quando nos reconhecemos e nos afirmamos como pessoas de fé.
O que é que a fé acrescenta à nossa vida, ao olhar com que nos vemos e com que vemos a realidade mais vasta de que somos parte?
Que impacto tem a fé na nossa realização humana, nas opções que fazemos e no nosso modo de estar no mundo e de nos relacionarmos com os outros?
Como aprofundamos a nossa relação com o Deus de Jesus Cristo em quem acreditamos?
Não podemos passar ao largo destes e doutros questionamentos, tanto mais oportunos quanto vivemos num tempo em que, para muitos dos nossos contemporâneos, a fé e a religião são coisas do passado para as quais já nem dispõem de adequada gramática, confundindo fé e religião com fanatismo identitário, obscurantismo e desprezo pela ciência, moral opressiva contrária à liberdade e à realização humana.
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[ texto integral ]
O peixe que em letras gregas queria dizer Jesus Cristo era uma forma clandestina dos cristãos primitivos comunicarem entre si que faziam parte da mesma Fé. Algumas destas marcas ficaram gravadas nas pedras das catacumbas, em Roma.
ResponderEliminarNeste ano da Fé, a Fundação Betania colocou a escultura de um peixe no seu jardim!
Um símbolo da tradição cristã a relembrar a frescura, a audácia, o martírio da Igreja dos primeiros tempos.
Tal como ontem, é necessário encontrar hoje, outros símbolos, outras formas de viver e de comunicar de um modo mais pertinente, a razão da nossa esperança, na procura de um viver mais justo e construtor da Paz. Precisamos ainda, da frescura e da audácia dos primeiros tempos.
Luísa França