09 agosto 2012

Amor eterno


Hoje, a Igreja lembra Edith Stein (1891-1942), mulher de origem judia, convertida ao cristianismo, monja carmelita e que viria a morrer em Auschwitz. Escolhida como padroeira da Europa, dá testemunho da sua fé e deixa um legado de escritos filosóficos, teológicos e místicos que abrem para os horizontes largos da transcendência.

Hoje, a Igreja celebra a sua festa litúrgica, razão por que a assinalamos no Ouvido do Vento, deixando esta interrogação:

Não estará a Europa, distraída das suas raízes e inebriada pelos ídolos da técnica e do consumismo, a precisar de olhar para o Alto?



Quem és tu,

Doce luz que me preenche

e ilumina a obscuridade do meu coração?

Conduzes-me como a mão de uma mãe

E, se me soltasses,

não saberia nem dar mais um passo.

És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si.

Se fosse abandonado por ti,

cairia no abismo do nada,

de onde tu o elevas ao Ser.

Tu, mais próximo de mim que eu mesmo

e mais íntimo que minha intimidade.

E, sem dúvida,

permaneces inalcançável e incompreensível,

E que faz brotar todo nome:

Espírito Santo — Amor eterno!

(Edith Stein)

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