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Reconhecemos, hoje, através da dura lição dos factos (o desemprego, a pobreza, a má qualidade das condições de trabalho e de vida urbana, a destruição do ambiente, as guerras e as sérias ameaças à paz) que o “eu egoísta” é uma matriz demasiadamente estreita para enquadrar o comportamento humano nas suas múltiplas vertentes de membro de uma família, de uma sociedade, de uma empresa, de uma comunidade local, de um tempo e de um espaço.
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O modelo económico neo-liberal e a cultura que o acompanha e sustenta subestimaram, perigosamente, esta dimensão do “nós plural” e a sua relação com o Planeta e, hoje, as sociedades confrontam-se com atitudes e comportamentos individuais irracionais e completamente desfocados do bem comum e da sustentabilidade da vida na Terra. Impõe-se, assim, uma nova compreensão da nossa condição de seres humanos e a aprendizagem de novas atitudes e comportamentos mais ajustados à realidade que percepcionamos bem como a definição de novas arquitecturas para a organização das sociedades.
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É presunção do « eu egoista » acreditar numa salvação pessoal. Esta salvação não existe. A salvação ou é comunitária ou não é. Por isso o Concilio Vat. II (LG 9) diz “Contudo, aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente.
ResponderEliminarÉ a consciência de uma indispensável salvação comunitária que pode nos levar ao “nos plural”.