Aqui está uma pergunta interessante: "quem é o teu próximo?" |
Aquele de quem me faço próximo/a. |
Neste momento, os meus próximos estão do outro lado do mundo. |
São estes! |
São estas... |
...estes |
E tu? Quem é o teu próximo/a? |
Post em actualização... Porque o planeta é uma aldeia onde o outro é o próximo.
|
Os meus próximos estão bem mais perto. Ou mais longe: aqueles com quem me zanguei, aqueles que me são um fardo que não quero carregar.
ResponderEliminarParece-me que estou a confundir "próximo" com "inimigo" - e talvez seja aí a última fronteira do desafio de ser cristão: quando o inimigo é o meu próximo, que eu amo como a mim mesmo.
(masoquismo não vale)
Helena
Obrigada, Helena!
ResponderEliminarMesmo no meio da tua vida atarefada, encontraste um tempinho para vir aqui. :)
Sim, esses próximos que estão perto... Claro!
Estamos de acordo quanto a uma das grandes exigências de ser cristão que é a de amar os inimigos, próximos ou distantes.
Mas há ainda outras exigências.
Por exemplo a Esperança!
E a Confiança.
ResponderEliminarImportantíssima em tempos de terrorismo fundamentalista.
Ainda a propósito da pergunta “quem é o meu próximo”, lembro um texto de Paul Ricoeur que, recentemente, me foi recordado por uma amiga. O texto tem por título “Le socius et le prochain” e vem no livro do mesmo autor “Histoire et Vérité”, (Du Seuil,1964).
ResponderEliminarComentando a parábola do bom samaritano, Ricoeur escreve: o próximo não é um objecto sócia …mas um comportamento na primeira pessoa. O próximo é a própria conduta de se tornar presente.
E mais adiante: não temos um próximo; eu faço-me próximo de alguém.
E ainda: o próximo é a maneira pessoal como eu encontro o outro, para lá de toda a mediação social.
Manuela Silva
É espantoso como por vezes um post tão simples é igualmente tão poderoso!
ResponderEliminarAdorei o blog!
objecto social e não "sócia" como ficou no comentário.
ResponderEliminarfica a correcção.
Manuela,
ResponderEliminar"não temos um próximo; eu faço-me próximo de alguém".
Pois claro!
Estamos em sintonia.
A questão que a Helena colocava era sobre "o desafio de ser cristão", e fomos indo e discorrendo...
:)
Marco
Obrigada pela visita e contamos ter-te como um dos Amigos do Blogue, uma visita que é sempre muito bem vinda!
:)
Acredito que somos nós a decidir, livremente, quem é o nosso próximo
ResponderEliminar(Lc 10,30-37).
Deus deu-nos esta liberdade e respeita-a. Porque é através desta escolha que nos compreendemos e nos desenvolvemos, andando dentro de nós, num jogo de espelhos que nos mostra o caminho para a nossa plenitude.
A tradição rabínica traduz a frase de Lev. 19,17
“ amarás o teu próximo como a ti mesmo”
por: “amarás o teu próximo, que és tu mesmo”.
Sim, também aquele que é “outro” (o inimigo) é a parte escondida que eu levo comigo, mas que recuso ver.
Nos últimos dias o meu próximo são mulheres, no Quénia, que não conseguem controlar a malária (o que significa não trabalhar e não…comer), porque uma mafia africana comercializa os remédios contendo apenas uma décima parte do principio activo. Resultado: existe agora uma forma de málaria que é um remédio resistente e as pessoas ficam sempre doentes. É uma tragédia.
O meu próximo são aqueles por quem me deixei tocar numa especie de comunhão..., mas de facto ele só se torna proximo quando faça algo por ele. Não é?
ResponderEliminarLuisa