01 setembro 2020

“Deixar os destroços, encontrar os tesouros” por Giuliano Zanchi


Ninguém conseguiria imaginar que viveríamos meses como os que acabamos de passar. Agora fazem parte da nossa história sem a qual não poderíamos falar do presente. Houve quem comparasse esta epidemia a uma “maré” que com a sua onda inunda tudo e, quando recua, deixa tesouros espalhados e também vários destroços na praia. 
 Para olhar os tesouros que emergiram e para nos livrarmos dos destroços, precisaremos de “sabedoria”, a que todos devemos aspirar, ainda que, para muitos, permaneça a tentação de fingir que nada aconteceu e seguir em frente sem preocupações. A ideia do “regresso à normalidade” é uma aspiração legítima, se o objetivo for escapar às garras da emergência e aos comportamentos forçados, mas a pretensão de retomar tudo exatamente como antes, ignorando o momento de “revelação” no qual estivemos imersos seria revelador de uma grande ingenuidade. 
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