01 maio 2020

Nem tudo será como dantes

 Corona-virus Infection - shutterstock. 2020
Muitas pessoas começam a pensar no “depois” da pandemia de covid-19. É ainda cedo, mas também é a maneira de não se resignar à situação actual, de olhar para o futuro, sem pressas. É “ficar em casa”, mas não como prisioneiros. Esse exercício de imaginação não pode ser uma fuga à realidade, pede que comecemos a pensar no que está a acontecer-nos e ao mundo que conhecemos antes da pandemia.
Depois disto, o que vai acontecer? Voltaremos a fazer as coisas de sempre, as liturgias de sempre? Não se consegue prefigurar cenários nem para o mundo, nem para a Igreja. Esperemos que a inércia não se instale…
Já tínhamos a percepção de que as sociedades humanas precisavam de mudar as suas escolhas no que toca ao modelo de desenvolvimento e à exigência de iniciativas políticas sintonizadas com os direitos humanos; que as práticas pastorais precisavam de ser repensadas à luz de uma Igreja “extrovertida”, como o Papa Francisco gosta de dizer.
O que aconteceu durante este “tempo suspenso”?
Tivemos de repensar tudo e de renovar a maneira de exercer a profissão, de acompanhar a família, os amigos e outros membros das nossas comunidades numa permanente interação entre pensar e agir com criatividade, coragem e paciência.
Ao mesmo tempo, surgiu uma urgência: o que fazer pelos mais frágeis? As pessoas que pagam primeiro o preço das crises são os pobres, os idosos, as crianças, os doentes… Assim, se reativaram ou inventaram novas formas de voluntariado para apoiar, transportar, fazer compras para quem não podia sair de casa, etc. O uso das redes sociais para comunicar, expressar afectos, rezar, fazer a festa e coordenar muitas actividades on-line.
(...)

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