01 dezembro 2018

Escutar. Responder. Libertar.

Este pobre clama e o Senhor o escuta (Sal 34, 7). Façamos também nossas estas palavras do Salmista, quando nos vemos confrontados com as mais variadas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs, que nos habituamos a designar com o termo genérico de “pobres”. (Papa Francisco)
La gente pobre. Jazmin Ruiz. 2015
É com estas palavras que o Papa Francisco começa a sua Mensagem para a celebração do dia Mundial dos pobres de 2018. Retomo-as, no início do novo ciclo litúrgico, como inspiração para este tempo de advento e da quadra natalícia que se avizinha.
Mergulhados e imbuídos, que estamos, na cultura dominante, corremos o risco de pôr entre parêntesis critérios evangélicos e ceder à tentação das propostas que todos os dias nos chegam pelos media e pelo marketing e fazer desta época o ápice do consumismo e do negócio, esquecendo os mais frágeis e descurando impactos sobre o cuidado a ter com a nossa casa comum. 
Uma redobrada atenção aos mais pobres pode servir-nos de antídoto ao consumismo, ao desperdício e à cultura do descarte e abrir a nossa mente e o nosso coração aos valores da inclusão, da solidariedade e da fraternidade, em consonância com o evangelho.
Na mensagem de Francisco, encontramos, em espelho com a tradição bíblica, aquilo que deve ser a relação dos crentes com os mais frágeis e marginalizados, incluindo o Planeta em que habitamos.
Francisco destaca três verbos que exprimem a relação do pobre com Deus. São palavras-chave que devemos ter em conta: escutar, responder, libertar. (...) 

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