(...) As pessoas raramente são convocadas para se regozijarem com empreendimentos comuns bem sucedidos, gestos de abnegação generosa, conquistas alcançadas no domínio da tecnologia e da inovação social, êxitos no domínio das ciências e das artes, indicadores de progresso material, social e humano. E uma tal realidade existe, mas fica oculta sob o véu da ignorância, ou é deformada por conveniência de alguns. Cria-se, assim, – e alimenta-se – um caldo de cultura favorável ao clima depressivo que vem minando a mundividência do mundo ocidental contemporâneo e, atinge, de modo particular, a sociedade portuguesa. Em nenhum outro tempo da história da Humanidade se atingiram tão elevados progressos no conhecimento, na economia ou na organização das sociedades. Contudo, a imagem que se incrusta na mente da generalidade das pessoas é que “somos infelizes e vítimas”. (...) Aproxima-se um tempo de férias, interrupção saudável dos afazeres e rotinas do quotidiano, e por isso bom seria que nos dispuséssemos a parar para reconhecer, acolher e celebrar a vida na sua totalidade. Estar vivo é, precisamente, entrar nesta imensa corrente de energia presente em cada acontecimento, em cada gesto, em cada situação, em cada encontro, como quem recebe e como quem dá. Num duplo movimento de gratidão (pelo muito que se recebe!) e de dádiva (pela capacidade que temos de fazer crescer a vida!) |
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Imagem: Man Outlook - Farida Zaman, 2008 |
01 julho 2009
Reconhecer, acolher e celebrar as dádivas da vida
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