Começa hoje novo ciclo litúrgico – o tempo de Advento. Tempo de aprofundamento do nosso desejo primordial e da
nossa esperança.
Cada um de nós transporta no seu âmago uma nostalgia que
traz consigo um desejo de futuro, uma nostalgia que nos move na busca das mil e
uma coisas que, pensamos, virão satisfazer esse insaciável desejo de Ser que
nos habita.
As poeiras do tempo podem ofuscar este desejo essencial e,
sobretudo, confundir os meios de o satisfazer, mas não o suprimem, porque ele é
parte constitutiva de cada Pessoa.
Conhecer as raízes deste desejo, aprofundá-las, distingui-las,
consolidar as mais valiosas e deixar que se desprendam as menos válidas. É este
um programa para aproveitar da graça deste tempo de Advento em que a liturgia
nos confronta com os nossos desejos, as suas raízes e as suas ilusões e nos convida a deixar que
estas caiam.
O Advento lembra-nos também a história do Povo de Deus
que se inicia com a vocação de Abraão, que ousa deixar o seu habitat conhecido para
ir à procura da terra prometida, uma terra de abundância, onde correm leite e mel.
Avivar o nosso desejo mais profundo como pessoas,
comunidades e povo é o caminho certo para acolher o Messias neste Natal.
Vinde e vede!
Maranatha!
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