28 novembro 2017

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2018

Foi dada a conhecer, no passado dia 13 Novembro, a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz que ocorre no dia 1 Janeiro 2018. Tem por tema Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz.
A Mensagem faz-se eco de uma justa preocupação com o fluxo crescente de migrantes e refugiados.
Nas palavras do Papa Francisco: São homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz, como bem sintetizou o Papa Bento XVI. São pessoas que fogem de conflitos armados, de destruição massiva, de calamidades provocadas por desastres ambientais.
Migrantes e refugiados são pessoas que batem à nossa porta pedindo auxílio e que merecem encontrar a devida atenção que há-de traduzir-se em acolher, promover, proteger, integrar, segundo as possibilidades de cada País.
Francisco adverte para o risco de incompreensão e fechamento face às necessidades de acolhimento e hospitalidade: Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos.
(…)
Aos governos nacionais cabe o dever de promover uma correcta informação e uma gestão prudente destes fenómenos estreitamente correlacionados com a prossecução de uma paz autêntica e duradoura.
No plano mundial, a Mensagem ressalta a importância de que venham a ser aprovados em 2018, em sede das Nações Unidas, dois Pactos: um para promover migrações seguras, ordenadas e regulares; outro referido aos refugiados. Há porém que ter em conta que tais pactos internacionais poderão ficar letra morta se não forem acompanhados de um olhar contemplativo que leve a interiorizar na nossa consciência colectiva que todos pertencemos a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal,
O belíssimo texto desta Mensagem bem merece ser lido e meditado, nomeadamente no seio das diferentes comunidades eclesiais, bem como ser amplamente divulgado e debatido nos media e, sobretudo, tornar-se guia de atitudes, comportamentos e acções que conduzam à boa convivência universal e à paz.

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