26 dezembro 2015

Por uma Europa que promova a defesa do ser humano e a sua dignidade transcendente.

São cada vez mais os sinais de que a Europa deve mudar de rumo e passar de uma vertente prevalentemente economicista e financeirista, a que tem sido conduzida pela actual geração de líderes políticos, e reassumir o seu papel de impulsionadora de valores humanos.
 
O Papa Francisco tem insistido na neessidade e na urgência desta mudança, a bem do Velho Continente e da sustentabilidade das suas instituições comunitárias, como também em defesea dos direitos humanos e da paz no resto do Mundo.
 
Entre outras ocasiões, fê-lo no discurso que proferiu no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 24 de novembro de 2014, quando incentivou os cidadãos da Europa a voltar à firme convicção dos Pais fundadores da União Europeia, que desejavam um futuro assente na capacidade de trabalhar juntos para superar as divisões e promover a paz e a comunhão entre todos os povos.
 
Na mesma alocução, afirmou de forma, ainda mais explícita: Chegou o momento de abandonar a ideia de uma Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e persegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem; a Europa que caminha na terra segura e firme, precioso ponto de referência para toda a humanidade.
 
Estas palavras constam da fundamentação da outorga do Prémio Carlos Magno atribuído em 2015 pela cidade alemã de Aachen ao Papa Francisco, aceite a título excepcional e que o Papa dedicou à Europa, em prol da defesa do ser humano com dignidade transcendente e com o pressuposto de que esta distinção favorece a necessária e indispensável concórdia entre países.
 

2 comentários:

  1. Como apelou no seu artigo, importam os valores e os meios em que são veiculados.
    Não quero, a este respeito, deixar de enaltecer um exemplo europeu de intercâmbio que todos conhecemos, o programa Erasmus.
    Foi precedido de um trabalho importante de aproximação dos programas dos cursos dos países participantes. O seu funcionamento efectivo deve muito, nas várias universidades, à dedicação dos professores responsáveis pela sua aplicação. Deu frutos muito diversos, alguns engraçados como evidenciados no filme bem conhecido: “L'auberge espagnole”(Cédric Klapisch, 2002), outros de aquisição de competências, e, sempre, de aprofundamento de uma língua estrangeira. Não podemos deixar de observar que a paz vai surgindo de conhecer mais o outro, de falar com ele, cara a cara.
    Muitos de entre nós já a conhecem mas não resisto em recomendar a página do FB do Erasmus com muitas informações sobre intercâmbios e sobre investigações de comparação dos diversos sistemas educativos europeus e sobre os resultados já alcançados do ponto de vista de diversos valores, nomeadamente: a democratização do ensino, a interculturalidade que são seguros caminhos para assentar a dignidade humana. Brigitte

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    1. Muito obrigada pelo seu contributo que enriquece e deixa uma "pista" concreta de construção da Paz.
      :)!

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