01 novembro 2013

Praticar um olhar empático
e de comunhão com o outro

Os valores humanos do amor, da sensibilidade, do cuidado, da comensalidade e da veneração  podem impor limites à voracidade do poder-dominação e à exploração-produção-acumulação. 
 Leonardo Boff, in Para não perecer: a convivialidade necessária, 2012.
(...)

Preocupa-me ver que há quem tenha desaprendido de reparar na pessoa com quem se cruza. Ou, mais ainda, assusta-me constatar que, para alguns, o colega de trabalho é visto como inimigo, um concorrente e, em última análise, como o causador da sua insatisfação pessoal difusa… 
Olhar - Bettmann. Corbis [DC]

Se queremos gerar um mundo mais humano, teremos de arrepiar caminho e é urgente fazê-lo.
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Uma tal mudança requer motivação e determinação, que toque a consciência individual, pois há que aprender a libertar-nos dos véus do nosso egoísmo e indiferença. São eles que nos impedem de ver o outro com a devida claridade e inteireza, de o respeitar na sua dignidade intrínseca e independentemente de funções sociais que desempenhe, de o considerar como parte de mim mesmo e de o amar como irmão.

Precisamos de descobrir a alegria de um olhar empático e de comunhão com o outro, e exercitá-lo nos nossos quotidianos, de modo a espalhar o óleo lubrificador de que este tempo áspero tanto carece.

(...)

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